Desejo a todos um FELIZ NATAL e um BOM ANO NOVO!
Tudo de bom,
João Castanheira.
…(mais) um pequeno relato arredondado à confidencialidade assertiva…
“Ainda não foi desta que tudo se tornou mais claro e límpido na minha cabeça, por muito que tivesse anteriormente tentado fazer com que a minha vida não dependesse desse passado que me atormenta, parece-me cada vez mais obscura essa perseguição de mim para mim…”
“Cada vez mais acredito que não é o melhor caminho aquele em que dou passos de esquecimento infrutífero, e o pior é que na outra estrada, aquela que me dita uma realidade integrada, uma realidade que continuo a desejar não ter existido, aquela que é a que se parece cada vez mais verdadeira, é também a que me impede de prosseguir para uma outra que embora seja a mesma que a primeira, não me parece de todo poder ser compatível na minha atormentada cabeça…”
“Ainda me custa muito sequer poder pensar em aceitar, e dizê-lo em voz alta, o que me aconteceu… tenho medo do que possa acontecer, do que possa vir a voltar a fazer se o admitir…”
“Se ao menos fosse possível esquecer e pronto…”
“Acha que é possível que tenha andado todos estes anos a omitir de mim o que aconteceu?”
“Eu até a mim minto…”
“Quanto mais me sinto perto de conseguir me encontrar, mais me dói por todos os lados, menos me dá vontade de me mexer… continuo a achar que mesmo que grite como gritei ninguém me vai ouvir, ninguém me vai salvar… naquele dia… como foi possível deixarem que aquilo me acontecesse?... e pior, como foi possível deixarem que acontecesse mais que uma vez?...”
“Ainda não consigo confiar nas pessoas… e ainda não sei se algum dia vou sequer perceber o que isso pode vir a significar…”