…(mais) um pequeno relato arredondado à confidencialidade assertiva…
“Ainda não foi desta que tudo se tornou mais claro e límpido na minha cabeça, por muito que tivesse anteriormente tentado fazer com que a minha vida não dependesse desse passado que me atormenta, parece-me cada vez mais obscura essa perseguição de mim para mim…”
“Cada vez mais acredito que não é o melhor caminho aquele em que dou passos de esquecimento infrutífero, e o pior é que na outra estrada, aquela que me dita uma realidade integrada, uma realidade que continuo a desejar não ter existido, aquela que é a que se parece cada vez mais verdadeira, é também a que me impede de prosseguir para uma outra que embora seja a mesma que a primeira, não me parece de todo poder ser compatível na minha atormentada cabeça…”
“Ainda me custa muito sequer poder pensar em aceitar, e dizê-lo em voz alta, o que me aconteceu… tenho medo do que possa acontecer, do que possa vir a voltar a fazer se o admitir…”
“Se ao menos fosse possível esquecer e pronto…”
“Acha que é possível que tenha andado todos estes anos a omitir de mim o que aconteceu?”
“Eu até a mim minto…”
“Quanto mais me sinto perto de conseguir me encontrar, mais me dói por todos os lados, menos me dá vontade de me mexer… continuo a achar que mesmo que grite como gritei ninguém me vai ouvir, ninguém me vai salvar… naquele dia… como foi possível deixarem que aquilo me acontecesse?... e pior, como foi possível deixarem que acontecesse mais que uma vez?...”
“Ainda não consigo confiar nas pessoas… e ainda não sei se algum dia vou sequer perceber o que isso pode vir a significar…”
4 comentários:
...
choro, porque revejo-me nestas palavras, letra por letra, ponto por ponto... "tenho medo do que possa acontecer"
é tudo eu, é a minha imagem...
Caro(a) "anónimo",
pelas suas palavras, sou eticamente e moralmente interposto a sugerir que me contacte, afim de ser convenientemente encaminhado, ou de lhe indicar um colega indicado à sua problemática, no caso de ser essa a sua vontade.
Com os melhores cumprimentos,
João Castanheira.
psicastanheira@gmail.com
acabei agora mesmo de ler,admito foi doloroso,parece que está a retratar a minha vida,ou melhor o meu passado..mas apesar aind de doer muito e alem de mal é bom saber que nao fui a unica a passar pelo mesmo,ja me sint melhor por sbr que há alguem k entend o meu sofrimento.
Caro(a) c.c.,
se um dos meus escritos pode contribuir para que se pudesse, ainda que momentaneamente, sentir-se melhor, então só posso continuar a trabalhar/escrever cada vez melhor no sentido de que isso possa acontecer mais vezes...
Ao dispor.
Tudo de bom,
João Castanheira.
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