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sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

“Esperança…”



Tenho tido algum feed-back de algumas das minhas crónicas, de pessoas reais, com problemas compatíveis com os descritos, pessoas que se revêem e que choram pela sua condição.

Quero dizer aqui, publicamente, a essas pessoas, e àquelas outras que não se revelam, mas que de formas semelhantes têm vindo a sentir as palavras que vou escrevendo por aqui, que o conjunto das minhas intencionalidades é em grande parte a elas dirigido. Isto é, a pretensão não é de modo algum desregular, desmotivar, descaracterizar, des-qualquer-coisa, mas sim ir demonstrando, à imagem das suas idiossincráticas interpretações das minhas palavras, que não estão assim tão sós nas batalhas interiores (e outras) que possam estar agora a travar, que muitas vezes (não todas) só através do contacto com a sua própria realidade é que possivelmente poderão adquirir posteriormente a esperança para a resolução ou amenização patológica (se não confrontarem a existência de um problema como o vão solucionar?), que é possível (embora muitas vezes com enorme custo pessoal) que o lado vencedor no final da guerra sejam vocês e não a doença (quando ela existe)…

Estas palavras de hoje, não pretendem ser meros adereços ou pendericalhos sem sentido, mas também não têm a intenção de ser mais do que vocês lhes possam significar.

A virtude e riqueza das vossas palavras (significados) não está no Português em si, está na vossa implementação dos conceitos que lhes atribuem: o que significa para vocês “esperança”?


Crónicas da Mente Esquecida, por João Castanheira
in Jornal de Albergaria, 15/01/2008

2 comentários:

Anónimo disse...

O ser humano contrabalança-se na esperança de/para viver. Espera e reporta a ânsia que tem de se poder realizar e assim se deixar significar na apelidação daquilo que ainda não teve tempo de explanar no agora, ou porventura, que ainda não maturou dentro do próprio sentido de realização como o já obtido até então. É um termo que abrevia no tempo o que cada um tende a chamar: ‘esperança’, objectivo, motivação, etc..
A importância não estará portanto, na condição de a denominar do modo mais ou menos apresentável – esperança – mas de a sentir sobressair no desenvolvimento atitudinal do valor do conseguimento do termo esperançado.

SUPERPIGA disse...

Ouvir e ser ouvido...




Aí está a beleza de se ser psicólogo!