Que “auto-(des)cobertas” poderão ser capacitadoras de influência relevante ao ponto de servirem de estimuladoras de modificações, cuja profundidade seja o bastante, para que essas mudanças perdurem e o sejam realmente?
Será necessário que a valoração relativa, se compatibilize entre o “sentimento” (proveniente do “prazer”), o “pensamento” e comportamento observável, e que a direcção da conveniente, indispensável e permanente luta intrapsíquica encontre harmonia entre os diversos “lados da(s) batalha(s)”?
O desconhecimento inevitável de uma maior parte de nós (tal como do mundo extrapsíquico) do que da outra parte que julgamos conhecer, parece tornar a genuinidade num conceito ingénuo e distante e o conhecimento num termo longínquo, efémero e desadequado, onde a conflituosidade se encontra e a (sobre)vivência acontece.
Esse é o mundo onde a valoração já relativa de si, se encontra permanentemente enviesada pelos ditames regedores dos conteúdos a que esse mundo se permite (con)ter, ditames esses que na maioria das vezes não sendo congruentes entre si, lutam por uma espécie de supremacia e não tanto pela “homeostase intra-instancional”.
A “auto-sobrevivência mental” aos acontecimentos (des)integrados, originários quer da própria imensidão interna, quer das dimensões inter-actuadas do mundo externo, não parece ter o mesmo significado que a “auto-vivência mental”. A primeira incide mais sobre “formas patogénicas” do desenrolar dos conflitos interiores e a segunda mais sobre “formas saudáveis” dos conflitos internos se (re)solucionarem.
Quando a funcionalidade interna se encontra comprometida pelas “vitórias patogénicas” de certos conflitos, então a (dis)funcionalidade aparente torna-se também dependente desses “vencedores inimigos”.
Pode ser que não se aceitem “essas (des)cobertas”, cujo sofrimento provocado pela aceitação pode levar quer à continuidade do padrão patológico anterior (ou padrão saudável), quer à cisão desse padrão antigo conjuntamente com a construção de um novo, mas o caminho da não aceitação (permanente e não temporária) pode ser um dos elementos impeditivos ao desbloqueio patogénico (se for caso disso).
Não se propõe de todo a existência de conceitos na sua plenitude, nem tão pouco o conhecimento dessa existência na sua amplitude máxima, até porque é indispensável e salutar que assim seja e assim esteja (inconsciente), mas realce-se que há partes que necessitam emergir para a “consciência” para que a parte que “queremos” vitoriosa, vença de facto.
Nem se pretende clarificar uma abordagem que permita focar e identificar tipologias infindáveis de conflitos, nem especificar alguns deles, apenas talvez (re)lembrar, que os há, e que alguns desses que existem precisam urgentemente de “apoio consciente” para que essa instância ganhe alguma força e algumas armas adicionais, tal como há outros cuja necessidade para a boa saúde mental é precisamente a inversa.
Pode ser tão útil descobrir como cobrir, para isso deve ser analisada a idiossincrasia envolta no todo individual e a do(s) conflito(s) que forçam o indivíduo à “sobrevivência mental”.
Ainda é necessário especificar que a emersão e a imersão (de conteúdos entre instâncias intrapsíquicas), não são de maneira nenhuma sequer formas que por si só são (re)soluções, mas sim mecanismos facilitadores (ou perturbadores) de diminuição (ou acréscimo) posterior da influência e direcção dos conflitos ou mesmos dos conflitos
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