Redireccionamento do alvo afectivo (?), do objecto primário do nosso desejo para o objecto secundário do que está ao nosso alcance…
Ter fome e fartura… (Tentativa) de saciação da necessidade primária (fome) através da hiper-ingestão desmedida, desproporcionada e (des)direccionada (fartura) que não tem a capacidade nem a competência para a saciar…
Se o que faz falta naquela mesa é o pão, não será então a carne que o poderá substituir, mas poderá ser ela a quem será (re)dirigido o desejo primário de comer pão. Esse desejo de comer pão não será satisfeito verdadeiramente, mas será pseudo- substituído por um outro desejo que não existia à partida, e que poderia não vir a existir se esse desejo primário tivesse sido satisfeito de verdade, ou mesmo se esse desejo tivesse tido a oportunidade de ter sido frustrado…
Será mais fácil comer o que não queremos (só para não percebermos que não temos o que queríamos comer?) do que sofrer com a ausência dessa comida desejada?
Ter fome e fartura… (Tentativa) de saciação da necessidade primária (fome) através da hiper-ingestão desmedida, desproporcionada e (des)direccionada (fartura) que não tem a capacidade nem a competência para a saciar…
Se o que faz falta naquela mesa é o pão, não será então a carne que o poderá substituir, mas poderá ser ela a quem será (re)dirigido o desejo primário de comer pão. Esse desejo de comer pão não será satisfeito verdadeiramente, mas será pseudo- substituído por um outro desejo que não existia à partida, e que poderia não vir a existir se esse desejo primário tivesse sido satisfeito de verdade, ou mesmo se esse desejo tivesse tido a oportunidade de ter sido frustrado…
Será mais fácil comer o que não queremos (só para não percebermos que não temos o que queríamos comer?) do que sofrer com a ausência dessa comida desejada?
(continua…)
Crónicas da Mente Esquecida, por João Castanheira
in Jornal de Albergaria, 23/10/2007
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