Quem me conhece, quase de certeza já me ouviu dizer que se deve “enfrentar os problemas no sentido da sua resolução”. Essa premissa de actuação deve ser altamente contextualizada e adequada assertivamente, e nunca tida como fórmula ou máxima que se aplique a qualquer situação. Mesmo antes disso é necessário compreender as ditas palavras para que não se caia em erros de interpretação que façam com que se exerça o sentido oposto do que à partida seria tido em conta como muito benéfico.
Ou seja, torna-se necessário esclarecer pelo menos que: existem etapas das questões problemáticas cuja dissociação é mais benéfica do que a confrontação, tornando-se assim a dissociação pontual e temporária uma forma assertiva de “enfrentar os problemas no sentido da sua resolução”; os trâmites que caracterizam quer as questões problemáticas e tudo que as envolve, quer o indivíduo, são factores condicionantes para a própria interpretação da premissa referida; por vezes, é necessário conjugar níveis de realidade e de dissociação da mesma, para que se possa sequer chegar a perceber que existe uma ou várias questões problemáticas; e, poderia continuar infindavelmente a referir pontos de referência para a relativização da frase que não deve ser dissociada de um contexto ao qual poderá ter sido aplicada…
Como de costume, de forma a reduzir os níveis teóricos, deve ser dado um exemplo real (com a habitual salvaguarda de confidencialidade)… Uma pessoa com uma psicopatologia, como é o caso da conhecida e vulgarizada depressão, deve sem dúvida reconhecer e enfrentar essa questão problemática no sentido da sua resolução. Ora isso não deve significar necessariamente que essa pessoa dissociar-se dessa problemática seja mau ou bom, útil ou prejudicial, ou qualquer outra classificação que se lhe queira atribuir. Pode significar sim que dissociar-se do problema quando o mais benéfico era enfrentar (confrontar) pode contribuir para o seu agravamento, ou significar que enfrentar o problema quando o mais útil era dissociar pode igualmente contribuir para pelos menos não trabalhar no sentido de uma melhoria. Basicamente, o importante nesta questão está na capacidade de discernimento no sentido de distinguir quais são os momentos para quê. É preciso fazer-se notar que numa “grande parte”(?!) das psicopatologias essa característica fundamental não tem normalmente peso suficiente para influenciar numa decisão que até nem faz parte, dessa parte do inconsciente, que é a consciência…
Parece-me que para quem tinha por objectivo simplificar com um exemplo prático, não fiquei sequer perto de um esclarecimento… mas devo recordar que esse pode ser apenas um objectivo subliminar e dissimulado de um outro maior: a empatia – a capacidade (sobre)humana de nos colocar-mos na posição dos outros.
Ou seja, torna-se necessário esclarecer pelo menos que: existem etapas das questões problemáticas cuja dissociação é mais benéfica do que a confrontação, tornando-se assim a dissociação pontual e temporária uma forma assertiva de “enfrentar os problemas no sentido da sua resolução”; os trâmites que caracterizam quer as questões problemáticas e tudo que as envolve, quer o indivíduo, são factores condicionantes para a própria interpretação da premissa referida; por vezes, é necessário conjugar níveis de realidade e de dissociação da mesma, para que se possa sequer chegar a perceber que existe uma ou várias questões problemáticas; e, poderia continuar infindavelmente a referir pontos de referência para a relativização da frase que não deve ser dissociada de um contexto ao qual poderá ter sido aplicada…
Como de costume, de forma a reduzir os níveis teóricos, deve ser dado um exemplo real (com a habitual salvaguarda de confidencialidade)… Uma pessoa com uma psicopatologia, como é o caso da conhecida e vulgarizada depressão, deve sem dúvida reconhecer e enfrentar essa questão problemática no sentido da sua resolução. Ora isso não deve significar necessariamente que essa pessoa dissociar-se dessa problemática seja mau ou bom, útil ou prejudicial, ou qualquer outra classificação que se lhe queira atribuir. Pode significar sim que dissociar-se do problema quando o mais benéfico era enfrentar (confrontar) pode contribuir para o seu agravamento, ou significar que enfrentar o problema quando o mais útil era dissociar pode igualmente contribuir para pelos menos não trabalhar no sentido de uma melhoria. Basicamente, o importante nesta questão está na capacidade de discernimento no sentido de distinguir quais são os momentos para quê. É preciso fazer-se notar que numa “grande parte”(?!) das psicopatologias essa característica fundamental não tem normalmente peso suficiente para influenciar numa decisão que até nem faz parte, dessa parte do inconsciente, que é a consciência…
Parece-me que para quem tinha por objectivo simplificar com um exemplo prático, não fiquei sequer perto de um esclarecimento… mas devo recordar que esse pode ser apenas um objectivo subliminar e dissimulado de um outro maior: a empatia – a capacidade (sobre)humana de nos colocar-mos na posição dos outros.
Crónicas da Mente Esquecida, por João Castanheira
in Jornal de Albergaria, 06/09/2006
in Jornal de Albergaria, 06/09/2006
Sem comentários:
Enviar um comentário