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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

“Hipótese situacional metafórica?”

E se alguém chegasse à sua (legítima) casa com dois ou três guarda-costas e lhe dissesse que a partir daquele momento teria que desocupar a sua residência a bem ou mal?
O que é que faria?
Para onde ia você e a sua família?
Que sentimentos teria perante a situação em si e perante os autores de tal acto?
Pois é, esta é uma hipótese situacional metafórica que tem mais de real do que de fantasia… Será que para além daqueles que sentiram e sentem na pele a inclassificável violação de propriedade (mental), mais ninguém vê o que se passa? Obviamente que cada pessoa está (por defeito) impossibilitada de se dissociar da sua própria construção perceptiva do mundo e de si própria… Mas, essa condição não é impedimento de um esforço empático (e não simpático) que lhe permita ir mais além no que toca à dimensão (pseudo-epistemológica) da perspectiva alheia.
Bem, mas não me quero afastar do tema que é desta vez uma quase pura escolha do leitor, já que a obscuridade da mensagem aparece aqui sob forma de código próprio para que cada um a decifre à sua maneira (como se isso não acontecesse sempre)… Desmistificando, a questão pode muito bem ser: Mas afinal de que se trata a dita “hipótese situacional metafórica”? Pense por si, se quiser… Leia outra vez as primeiras frases em forma de questão, se lhe apetecer… Coloque as suas próprias questões, se lhe aparecer a palavra… porquê(?)…
Crónicas da Mente Esquecida, por João Castanheira
in Jornal de Albergaria
, 22/08/2006

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