A avaliação do estado psíquico de alguém por parte de uma qualquer pessoa pode ser fundamental como medida de fonte de encaminhamento. Pode mesmo dizer-se que existe um conjunto de factores de análise que estão ao alcance dos demais, de uma forma simples e até bastante objectiva.
Importa antes de mais, ter uma noção dos conceitos de normal e patológico, que apesar de à priori parecerem demasiado abstractos e relativos, podem tornar-se mais simples e objectivos, se forem seguidos parâmetros específicos de perspectiva.
Normal, dentro do contexto acima descrito, será tudo aquilo que se apresenta dentro de um padrão de norma (para uma cultura, faixa etária e sexo, de forma específica), ou muito basicamente do que é mais habitual/normal de acontecer/existir (dentro dessa cultura, faixa etária e sexo). Pode ainda referir-se como normal, tudo o que foge a esse dito padrão, desde que esse desvio não comprometa ou ponha em causa o “bom” funcionamento do indivíduo nas suas áreas de vida (pelo menos as mais básicas).
Como patológico, pode considerar-se tudo aquilo que foge ao referido padrão de normalidade (e de funcionamento anterior) e que sem qualquer dúvida impede o “bom” funcionamento do indivíduo (de forma “clinicamente” significativa) numa ou mais áreas da sua vida. Pode ainda ser considerado patológico, tudo aquilo que embora não pareça desviar-se do referido padrão, mas que ainda assim afecte de forma negativa e indiscutível o funcionamento “assertivo” dessa pessoa, também numa ou mais das suas áreas de vida.
Ou seja, o que aqui se quer realçar, é que qualquer um de nós pode perceber se uma pessoa está actualmente a funcionar devidamente nas suas mais diversas áreas de vida, ou se pelo contrário esse funcionamento está de certa forma debilitado, desajustado, desequilibrado, deficitário, ou mesmo se não está a funcionar (e se esse “mau” funcionamento por sua vez está a afectar a condição psíquica do indivíduo, e vice-versa). Essas áreas de vida são por exemplo a vida fisiológica (alimentação, o sono, etc.), a vida laboral (ou escolar), a vida amorosa/sexual, a vida familiar, a vida social, entre outras.
Outra questão é a capacidade que quer o próprio, quer os outros têm para fazer de facto uma análise deste tipo, pois a perspectiva idiossincrática do mundo misturada com um determinado tipo de estados psíquicos incapacitantes de olhar a realidade sem que esta se apresente de forma distorcida, pode ser um dos tantos factores que funcionam como entrave à referida análise.
Bom, mas essa análise pretende-se simples, superficial, prática e objectiva (!), para que ela possa cumprir um objectivo de pura e simples pré-avaliação do estado psíquico (no sentido do encaminhamento ao profissional de saúde), dentro da dicotomia do normal versus patológico.
Claro que tornar algo que por natureza ou “defeito” não integra essas características de simplicidade e objectividade na coisa mais fácil do mundo, requer regras para a concepção da própria análise. Regras essas que são muitas das vezes contra natura da própria realidade (ou altamente reducionistas), o que nos poderia fazer pensar que assim: quem é quem dentro da (ir)realidade?!
Importa antes de mais, ter uma noção dos conceitos de normal e patológico, que apesar de à priori parecerem demasiado abstractos e relativos, podem tornar-se mais simples e objectivos, se forem seguidos parâmetros específicos de perspectiva.
Normal, dentro do contexto acima descrito, será tudo aquilo que se apresenta dentro de um padrão de norma (para uma cultura, faixa etária e sexo, de forma específica), ou muito basicamente do que é mais habitual/normal de acontecer/existir (dentro dessa cultura, faixa etária e sexo). Pode ainda referir-se como normal, tudo o que foge a esse dito padrão, desde que esse desvio não comprometa ou ponha em causa o “bom” funcionamento do indivíduo nas suas áreas de vida (pelo menos as mais básicas).
Como patológico, pode considerar-se tudo aquilo que foge ao referido padrão de normalidade (e de funcionamento anterior) e que sem qualquer dúvida impede o “bom” funcionamento do indivíduo (de forma “clinicamente” significativa) numa ou mais áreas da sua vida. Pode ainda ser considerado patológico, tudo aquilo que embora não pareça desviar-se do referido padrão, mas que ainda assim afecte de forma negativa e indiscutível o funcionamento “assertivo” dessa pessoa, também numa ou mais das suas áreas de vida.
Ou seja, o que aqui se quer realçar, é que qualquer um de nós pode perceber se uma pessoa está actualmente a funcionar devidamente nas suas mais diversas áreas de vida, ou se pelo contrário esse funcionamento está de certa forma debilitado, desajustado, desequilibrado, deficitário, ou mesmo se não está a funcionar (e se esse “mau” funcionamento por sua vez está a afectar a condição psíquica do indivíduo, e vice-versa). Essas áreas de vida são por exemplo a vida fisiológica (alimentação, o sono, etc.), a vida laboral (ou escolar), a vida amorosa/sexual, a vida familiar, a vida social, entre outras.
Outra questão é a capacidade que quer o próprio, quer os outros têm para fazer de facto uma análise deste tipo, pois a perspectiva idiossincrática do mundo misturada com um determinado tipo de estados psíquicos incapacitantes de olhar a realidade sem que esta se apresente de forma distorcida, pode ser um dos tantos factores que funcionam como entrave à referida análise.
Bom, mas essa análise pretende-se simples, superficial, prática e objectiva (!), para que ela possa cumprir um objectivo de pura e simples pré-avaliação do estado psíquico (no sentido do encaminhamento ao profissional de saúde), dentro da dicotomia do normal versus patológico.
Claro que tornar algo que por natureza ou “defeito” não integra essas características de simplicidade e objectividade na coisa mais fácil do mundo, requer regras para a concepção da própria análise. Regras essas que são muitas das vezes contra natura da própria realidade (ou altamente reducionistas), o que nos poderia fazer pensar que assim: quem é quem dentro da (ir)realidade?!
Crónicas da Mente Esquecida, por João Castanheira
in Jornal de Albergaria, 07/11/2006
in Jornal de Albergaria, 07/11/2006
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