A questão da existência de problemáticas do foro psíquico no indivíduo na perspectiva da sua resolução passa pelo quase que inquestionável investimento na descoberta das etiologias fundamentais para o seu aparecimento sintomatológico. Ou seja, torna-se necessário não só aniquilar a existência da sintomatologia, como também tratar os parâmetros que deram origem à sua existência. Isto se o que se pretende tiver em conta uma real resolução da doença e não o simples tratamento dos seus sintomas.
Ora, dizer-se isso parece pelo menos bastante razoável do ponto de vista terapêutico, mas isso é apenas um dos possíveis objectivos últimos a atingir numa terapêutica de carácter psicodinâmico. Quero eu dizer, ou melhor realçar, que embora isso seja de clara importância, é também necessário não descurar objectivos de carácter mais urgente.
De uma forma mais específica é preciso realçar que sem o cumprimento de objectivos intermédios e de características de urgência não será possível cumprir outros tantos objectivos de médio e longo prazo.
É então necessidade primária dar ênfase à estabilização do paciente nos vários sentidos que essa estabilização pode implicar, tais como a estabilização necessária à aquisição de condições psíquicas necessárias à prática da psicoterapia, como a estabilização necessária para o desempenho diário do indivíduo ausente de perigos para o próprio e para os outros que o rodeiam, como a estabilização necessária no sentido de mínima preparação para o sofrimento incontornável resultante da análise etiológica, e tantos outros motivos que a tornam tão pertinente.
Basicamente, e a título exemplificativo, de nada vale uma perspectiva de análise etiológica se entretanto o paciente se matar. Isto não quer porém dizer que se deve tratar de uma forma simplista e primária a sintomatologia da doença, aniquilando-a. Até porque por norma se isso se fizer nessa perspectiva a tendência é para esses sintomas se revelarem sob outras formas. E, muitas das vezes a única forma de eles não se transformarem noutras coisas (continuando sintomas da mesma doença) é através da resolução da doença em si e não do foco sintomático.
O que realmente aqui se quer deixar bem claro, é que independentemente da resolução da doença e dos seus componentes sintomáticos, é necessário dar primazia à estabilização do paciente para que seja então possível atacar a doença com níveis de segurança mais aceitáveis.
Descurar a estabilização em prol de uma análise directa e de um ritmo psicoterapêutico sem assertividade e adequação pode custar desde a ineficácia e ineficiência da terapia em si até a consequências alheias à terapia de prejuízo extremo para o paciente.
Ora, dizer-se isso parece pelo menos bastante razoável do ponto de vista terapêutico, mas isso é apenas um dos possíveis objectivos últimos a atingir numa terapêutica de carácter psicodinâmico. Quero eu dizer, ou melhor realçar, que embora isso seja de clara importância, é também necessário não descurar objectivos de carácter mais urgente.
De uma forma mais específica é preciso realçar que sem o cumprimento de objectivos intermédios e de características de urgência não será possível cumprir outros tantos objectivos de médio e longo prazo.
É então necessidade primária dar ênfase à estabilização do paciente nos vários sentidos que essa estabilização pode implicar, tais como a estabilização necessária à aquisição de condições psíquicas necessárias à prática da psicoterapia, como a estabilização necessária para o desempenho diário do indivíduo ausente de perigos para o próprio e para os outros que o rodeiam, como a estabilização necessária no sentido de mínima preparação para o sofrimento incontornável resultante da análise etiológica, e tantos outros motivos que a tornam tão pertinente.
Basicamente, e a título exemplificativo, de nada vale uma perspectiva de análise etiológica se entretanto o paciente se matar. Isto não quer porém dizer que se deve tratar de uma forma simplista e primária a sintomatologia da doença, aniquilando-a. Até porque por norma se isso se fizer nessa perspectiva a tendência é para esses sintomas se revelarem sob outras formas. E, muitas das vezes a única forma de eles não se transformarem noutras coisas (continuando sintomas da mesma doença) é através da resolução da doença em si e não do foco sintomático.
O que realmente aqui se quer deixar bem claro, é que independentemente da resolução da doença e dos seus componentes sintomáticos, é necessário dar primazia à estabilização do paciente para que seja então possível atacar a doença com níveis de segurança mais aceitáveis.
Descurar a estabilização em prol de uma análise directa e de um ritmo psicoterapêutico sem assertividade e adequação pode custar desde a ineficácia e ineficiência da terapia em si até a consequências alheias à terapia de prejuízo extremo para o paciente.
Crónicas da Mente Esquecida, por João Castanheira
in Jornal de Albergaria, 14/12/2005
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