As palavras nem sempre são o que parecem…
Existe um número elevado de pessoas que chegam à consulta psicológica com uma ideia pré-formada sobre qual a patologia que consigo transportam, criada sob diversos fundamentos, desde crenças pessoais até diagnósticos clínicos anteriores.
Algumas das vezes essa ideia (auto) caracterizante corresponde de forma assertiva à realidade existente, sendo assim fonte de ajuste para uma possível implementação terapêutica com potencial de sucesso acrescido. Outras tantas vezes, a referida ideia de si próprio contém um desfasamento entre a realidade percebida e a realidade existente, ou seja, por exemplo pessoas que pensam que têm depressão e que afinal têm um a perturbação da personalidade, pessoas que pensam ter uma ou várias patologias e que afinal não têm nada, e assim sucessivamente.
As consequências de um desajuste deste tipo podem ser todas ou nenhumas (mais vago não poderia ser…), isto é, vai antes de mais depender da interpretação perceptiva mais do que da percepção em si. De qualquer forma, grande parte das ditas consequências estão por norma já implantadas quando chegam à consulta. Quando existe a necessidade de (re)ajustar a realidade desagregada destas pessoas, com ideias concebidas à priori, também aqui as consequências podem ser adjectivadas de mais ou menos “chocantes” consoante o grau de desajuste presente (e dependentemente de toda a complexidade de factores, assim como da existência de entidades patológicas ou não…).
Por palavras meigas, (e apenas como exemplo) existem pessoas que suportam vivências sob forma de crença implantada que não corresponde à realidade em si, a realidade não deixa de existir, mas é substituída por uma outra que não é verdadeira, criando-se em si próprio o perigo da construção de um “falso self”, uma cena psicótica…
Existe um número elevado de pessoas que chegam à consulta psicológica com uma ideia pré-formada sobre qual a patologia que consigo transportam, criada sob diversos fundamentos, desde crenças pessoais até diagnósticos clínicos anteriores.
Algumas das vezes essa ideia (auto) caracterizante corresponde de forma assertiva à realidade existente, sendo assim fonte de ajuste para uma possível implementação terapêutica com potencial de sucesso acrescido. Outras tantas vezes, a referida ideia de si próprio contém um desfasamento entre a realidade percebida e a realidade existente, ou seja, por exemplo pessoas que pensam que têm depressão e que afinal têm um a perturbação da personalidade, pessoas que pensam ter uma ou várias patologias e que afinal não têm nada, e assim sucessivamente.
As consequências de um desajuste deste tipo podem ser todas ou nenhumas (mais vago não poderia ser…), isto é, vai antes de mais depender da interpretação perceptiva mais do que da percepção em si. De qualquer forma, grande parte das ditas consequências estão por norma já implantadas quando chegam à consulta. Quando existe a necessidade de (re)ajustar a realidade desagregada destas pessoas, com ideias concebidas à priori, também aqui as consequências podem ser adjectivadas de mais ou menos “chocantes” consoante o grau de desajuste presente (e dependentemente de toda a complexidade de factores, assim como da existência de entidades patológicas ou não…).
Por palavras meigas, (e apenas como exemplo) existem pessoas que suportam vivências sob forma de crença implantada que não corresponde à realidade em si, a realidade não deixa de existir, mas é substituída por uma outra que não é verdadeira, criando-se em si próprio o perigo da construção de um “falso self”, uma cena psicótica…
Crónicas da Mente Esquecida, por João Castanheira
in Jornal de Albergaria, 04/07/2006
in Jornal de Albergaria, 04/07/2006
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